sábado, 18 de agosto de 2012

hipocrisia?

Educação é uma coisa extremamente particular, e ela nos torna quem somos de varias formas. Desde como tratamos as pessoas e como pensamos o mundo. Pensando que toda criança é uma esponja do mundo em sua volta, todo pai e mãe é um grande centro de educação. Será?
Hoje observo que se colocarmos numa balança a quantidade de tempo que as crianças ficam com seus pais e a quantidade que sofrem a influência de outras fontes poderemos perceber a pouca quantidade de tempo de influência dos pais no dia-a-dia da criança. Mas então como essas crianças conseguem ser copias comportamentais de seus pais? Minha ideia é que esse tipo de exemplo é o mais importante, então tudo que os pais fazem será a escolha da criança sempre, mesmo que ela tenha outro exemplo mais frequente, este será ignorado.
Na minha época eu tive tanto a frequência quanto a importância da influência de meus pais. desta forma me tornei uma adulta excessivamente honesta e com pouquissimo filtro. de que forma? Digo o que vejo sem pensar. Mas quem diz o que vê? A realidade é que eu falo, para os que confio, e tambem para as pessoas que não ligo de não gostarem do que eu digo, tudo que penso na hora que penso. Isso ja me trouxe muitos problemas tanto em relacionamentos existente quanto em possibilidades de existir um relacionamento. Pessoas muito sensiveis, ou que buscam no outro algum tipo de aprovação, acabam se incomodando bastante com esse meu jeito, que, para os que ja tem costume, sabem que não tem nenhum tipo de julgamento. Eu não julgo porque pra mim qualquer pessoa pode escolher o quer fazer, pensar ou acreditar, contanto que não me peça para concordar com ela. Eu criticar alguem ou alguma coisa é simplesmente minha opinião, e esta só deve ter valor para mim e para quem quiser fazer uso dela. 
Sou vitima de meus proprios problemas é claro porque existem aquelas pessoas na minha vida que a opinião é de extrema importância e quando são criticas me deixam triste, magoada e chateada. Quando acredito aquele opinião ser equivocada fico muito irritada, magoada e desapontada. Mas que hipocrisia a minha de esperar que o outro simplesmente ouça minha opinião brusca e crua sem se abalar por ela e quando alguem que amo faz o mesmo comigo eu engulo a seco. Acho que no final das contas não saberei se é hipocrisia, ou simplesmente porque acredito que, apesar de ser duro ouvir certas coisas, prefiro saber o que a pessoa realmente sente cruamente do que depois do filtro. No filtro podem ficar pedaços muito importantes daquela opinião que seriam a parte que eu dei mais enfase ao ouvi-la, e que ao passar pelo filtro, não mais as ouvi.
Hipocrita na verdade é aquele que em tempo real fala e faz coisas oposta, mas eu falo e faço coisas diferentes, não necessariamente opostas. talvez no passado possa ter tido uma atitude diferente, mas só recentemente defendi o falar a verdade de forma crua. Sempre defendi a verdade, a foram certa de falar as coisas e principalmente a hora certa. hoje acredito somente na hora certa, porque a forma de falar algo, se não for na hora certa, só modificará o que foi dito, e pode tirar a essência do discurso, e as vezes o entendimento não acontecer. Claro que esse tópico já é outro, o falar não necessariamente resulta no ouvir, menos ainda no entendimento do dito.
Como a maioria dos meus posts, esse é mais um sem finalização, mais um pensamento solto que não tem conclusão. dizem que mente aberta é oficina do diabo, pois bem, eu digo que mente aberta é oficina do saber.

domingo, 3 de junho de 2012

medo, fuga e outras cositas mas

não me lembro quando comecei a detestar registros de imagem, só sei que aconteceu. E com o tempo foi ficando pior e pior até que conheci uma pessoa completamente apaixonada por esses registros e passei a ama-la profundamente. Claro que imediatamente não mudou nada na minha vida, brigávamos sempre que ela me queria nas fotos e até hoje não curto, portanto todos que me amam sabem disto e tentam respeitar.
Mas e quando isso não acontece? eu aprendi com esse tempo de amizade que nem tudo que  agente passa os outros entendem, e isso é uma das coisas mais difíceis das pessoas entenderem na minha personalidade, afinal de contas nem eu entendo! Todos falam que é besteira, acham que tem a ver com minha alto estima ou algo do tipo, ou que é charme meu. Verdade seja dita nem eu sei o que é, e com o facebook descobri que não é somente registro de imagem que me deixa meio noiada, quando me marcam nos ligares também, tipo como se colocar meu nome, minha imagem ou registro concreto de minha presença vai divulgar minha vida, o que faço, onde estou e com quem. Isso me incomoda e não sei porque.
Descobri também que com o tempo fui aceitando mais esses registros, mas que ainda em incomoda certos momentos serem registrados e ao mesmo tempo que isso aconteceu as  pessoas foram entendo menos meu incomodo e ai chegamos ao momento atual onde me encontro profundamente incomodada, mas não expus meu incomodo porque acredito que não houve intensão nenhuma de me atingir, fora de questão qualquer intensão nesse sentido e porque acredito que se eu falar vou ouvir o velho:" mas que besteira amiga!". Agora pois o que faço? Penso em nunca mais baixar a guarda para que nenhum registro seja feito sem minha vontade, voltar a ser chata nesse sentido e comprar briga pra não me sentir assim novamente, invadida, exposta.
Ai vem aquela vozinha na minha mente que diz, mas você tá com medo de que? Tá fugindo de quem? Que zorra um videozinho vai fazer pra te deixar assim?
NÃO SEI SÓ SEI QUE É ASSIM!

domingo, 11 de dezembro de 2011

compromisso

compromisso = com promessa Algo que surge de uma promessa feita. E quem define meus compromissos? Sou sempre eu que decido as promessas que faço? Isso se esquecermos quando um compromisso esta atrelado a outro. Quem fez a segunda promessa? Tem uma expressão em inglês que diz assim: "this wasn't in the job description" , ou seja, isso não estava na descrição do emprego. Como quem diz, esta parte não foi acordada no inicio, exatamente para falar dessas pequenas obrigações, compromissos, e promessas que ficam implicitas quando decidimos algumas coisas. Quando decidi dar aula acabei concordando tambem com fazer planejamento de aulas, participar de reuniões e dos eventos da escola, mas profissionalmente esse tipo de compromisso esta provavelmente muito claro quando nos comprometemos de incio.É sempre assim? todos os compromissos que assumimos são bem definidos de inicio? Quando a gente aceita um namoro nunca sabemos quais os compromissos que estamos assumindo, mas a motivação é tão forte que, apesar de ser o compromisso mais cego feito pelo homem, é tambem o mais certo. Seja qual for a experiencia tida num relacionamento, sempre te fará mais forte para o proximo. Ai que surge a grande questão. Ser mais forte é sempre bom? Minha força de preservação é tão grande que acabo me mostrando completamente diferente, ao se tratar de afetividade. Afinal, para mim, a grande franqueza que nunca devemos mostrar é ser vulneravel, mas não somos todos?

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Televisão

Hoje em dia todos ficamos bastante tempo em frente a televisão. Certa vez assisti um episódio dos simpsons em que a televisão deles quebra e homer fica muito preocupado em quem iria educar os filhos dele agora que a televisão estava quebrada. Ri muito diante do desespero deste pai que não se achava responsável pelo educação dos próprios filhos e acreditava ser a televisão uma grande fonte de cultura, moral e didática, inclusive ele se preocupava com a própria relação com o aparelho, como ele viveria sem aquilo para dizer-lhe o que é certo ou errado, o que comprar, i que fazer. Lembro que desde a adolescência, que é quando tive a liberdade de escolher os canais que assistiria, fazia variasse untas aos meus paisinstigadas por programas como malhação, mulheres de areia e depois que ganhei a sky, perguntas relacionadas a morte, crimes, provocados CSI e Without a trace. Minha curiosidade era sempre voltada para a veracidade daquelas informações, do tipo: mãe, se alguém me seqüestrasse você iria buscar o culpado sozinha ou deixaria tudo por conta da policia? Pai, se alguém me matasse você iria matar o culpado? Pai, se alguém tentasse estuprar eu e minha mãe na sua frente você acha que teria forcas e habilidade de se soltar para nos salvar? Perguntas que tentavam trazer pra minha realidade aquelas situações tão reais, porém completamente fora da minha realidade. Incrível é que situações que podem fazer parte da minha realidade só fui conhecer depois de adulta, crimes que acontecem no meu contexto cultural só aprendi muito depois, porque nossas novelas só falavam de romances, traição, comedia. Nossa televisão sempre foi sensacionalista ao mostrar os problemas sociais e se tornava um programa que ninguém que estudava e tinha o mínimo de conceito critico iria assistir. Apesar de ser absurdo, apelativo, baixo nível, era o mais próximo de minha realidade na televisão. Agora me pergunto, como essa televisão iria me preparar para a vida? Quando fiz direito percebi que alguns colegas eram muito extremistas, revoltados, e percebi que eles conheciam muito bem aqueles programas que eu nunca assisti sobre a realidade prisional do meu pais, sobre os problemas sociais, criminais, sobre como vive a outra parte da sociedade que vivo. Esse programas, por serem sensacionalistas, transformaram esses meus colegas em pessoas revoltadas e tratarem o direito como a mão da vingança e não da justiça. Falas como: estrupador tem que morrer; pena de morte devia existir no Brasil; ACM que estava certo porque ele tirava os ladrões da rua e mandava matar traficante. Isso é o que acontece com pessoas que vivem cientes da realidade da nossa sociedade. E eu? Sou alheia? Sou utópica? Sou inoscente? Imagino que a calma, o perdão, a consciência sao virtudes. Perceber que, apesar de eu ter mais acesso a educação, estar mais inserida na cultura e "saber" mais que o outro, não posso decidir como ele vive, o que ele deve fazer da vida dele. Como pessoa social o máximo que posso fazer é mostrar para ele as consequências dos atos dele, independente dele viver sobre outras regras e ter outras consequências para os atos que eu chamaria de "legalmente aceitos","obrigação social" e "direito do outro". A educação esta se tornando a mistura do que é visto na televisão com o que é ouvido em casa, na escola e nos meios sociais, sendo que o menor stimulo sao os pais, percentualmente, os indivíduos passam mais tempo longe dos pais. Acho que o que pode ser feito é, no pouco tempo que os pais tem, eles devem moldar os outros estímulos para que não hajam equívocos. Interpretação, para que meu filho não assista um programa e acredite no que o coleguinha diz sobre aquilo. Estar ciente do que acontece na vida de meu filho é uma forma de educa-ló, mesmo que eu não esteja presente todo o tempo, mas sim dando minha opinião sobre tudo que ele faz, e aos poucos estimulando que ele tenha sua própria opinião mais forte do que a minha. Criar um indivíduo independente, pensante e ativo.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Isso é viver?

Quando eu era adolescente(se é que não sou mais) eu tinha medo de muita coisa, e recentemente eu descobri que todos aqueles medos se resumem no medo de fracasso, não conseguir fazer o que eu digo que sou capaz de fazer. Não sentir o que acho que devo sentir. E isso aconteceu muito comigo. Eu acreditava que deveria ter consideração com meus amigos e entender os problemas deles, mas nem sempre eu entendia, nem sempre eu considerava aquilo um problema e tinha raiva de mim e do outro porque aquilo pra mim não seria um problema. Viva a maturidade! Cada pessoa é de um jeito e sente de formas diferentes, isso não quer dizer que tudo deve ser tratado como dor, até porque tem momentos da vida de todos nós que a dor atrapalha e o que a gente precisa é de alguém que tire nosso foco dessa dor.
Hoje acredito que não posso simplesmente decidir como ajudar um amigo, e sim entender, perguntar, o que ele precisa porque ninguém sabe mais dos sentimentos dele do que ele próprio. O que me faz feliz só eu sei. Sofri a vida toda por não me olhar. Todas as vezes que me apaixonei minhas amigas percebiam antes de mim. Me diziam: nanda você esta afim de fulaninho. E eu pensava: não, imagina...será? E descobria que estava mesmo. Esse não contato com meus próprio sentimentos foi um padrão na minha vida até pouco tempo. O incrível é que o contato não é tão doloroso quanto eu pensava. Saber pode ser melhor do que ignorar.
Estando em contato com Neusa sentimentos eu percebi que eu entendo eles melhor do que todos. Ninguém sabe mais do que eu. Portanto ao ajudar meus amigos eu preciso ouvir o que eles sentem, o que eles querem e acreditar naquilo, não que eu esteja dizendo que as pessoas não entrem em negação, porque isso é muito comum, mas sim que só podemos ajudar depois de ouvir o que aquela pessoa acredita estar sentindo. Quando eu discordo não posso impor minha opinião, mas posso sugerir outra forma de olhar aquela situação.
CHEGA DE MICROSCOPIO. AGORA QUERO MOVIMENTO NO MEU OLHAR DE TUDO E TODOS!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

o vazio da minha mente


A tempos não escrevo. hoje olhando o blog de um amigo pensei comigo mesma. a tempos não escrevo. que vazio tomou conta de minha mente para ficar tanto tempo assim sem nada interessante o suficiente para ser escrito?
A tempos não escrevo. e até agora percebo o grande nada que existe no meu pensar. as engrenagens funcionando pela inercia do viver, e as duvidas caindo no vácuo do vazio instalado. todo esse tempo se passou e nem falta eu sentia, nada parecia estar fora do lugar. MENTIRA. a verdade é que essas engrenagens não são feitas para pensar, mas sim para viver, ser feliz, deixar passar.
A tempos que eu não escrevo. VIVA! a tempos que não escrevo. sem motivos para reclamar, sem angustias para compartilhar. minha mente se tornou inercia de felicidade. espaço para esquecer, quem sabe perdoar. momento para respirar a vontade de viver. afinal de contas nunca soube escrever mesmo!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

implorar

“Nunca fique implorando por aquilo que você tem o poder de obter” Miguel de Cervantes
Engraçado como a mesma palavra remete a atos diferentes dependendo da pessoa. Implorar para alguns esta relacionado com se humilhar, já para outros é o ato de sair de seu eixo. Implorar é mostrar completamente o quanto você quer algo, e quanto depende de outra pessoa para consegui-la, então ele tem razão em dizer que só devemos implorar o que não podemos conseguir, principalmente porque a maioria das pessoas pensa na humilhação de precisar de outro para conseguir algo que você quer muito.
O que é implorar para vocÊ?
Eu sou uma pessoa muito orgulhosa, sempre penso no que eu fiz de errado para que algo acontecesse e toda critica feito a algum grupo em que eu estou incluida, eu acho que tem alguma coisa a ver comigo. Egocentrica não? Tambem acho. O mais interessante é que isso só acontece com as criticas, elogios eu consigo focar na pessoa certa. da mesma forma eu tenho grande dificuldade de pedir, mais dificuldade ainda de implorar. Essas dificuldade torna meu pedir quase imperceptivel e meu implorar parecer um pedido. Antigamente ficava um pouco chateada com amigos intimos por não perceber meus pedidos, e ficava possessa quando algum não percebia meu implorar.
Hoje sei o quanto é absurdo você exigir que alguem perceba certas coisas, por mais intimidade que exista, algumas caracteristicas nossas são muito particulares, e nesses momentos é mais facil o outro perceber que sou orgulhosa e não quero pedir, do que perceber que estou pedindo. Quer um exemplo? aAcho que lembro de um. Quando fico triste de verdade ligo para meus amigos, e normalmente não digo que preciso de companhia, simplesmente pergunto da vida deles, se eles querem fazer alguma coisa, exatamente da mesma forma que faço sempre. Fantasio meu pedido numa situação natural do dia-a-dia. Não deixo claro o pedido, provavelmente a unica coisa que fica clara é que eu possa estar triste, ou doente, ou cansada. Dificil diferenciar. quando estou muito chateada ou irritada, naqueles momentos que não sei pra o que fazer sobre algum aspecto da minha vida, que preciso mesmo de ajuda, ligo e faço a mesma pergunta: e ai? tá fazendo alguma coisa? quer fazer alguma coisa junto?. No maximo acrescento um quero te ver! ou, poxa quero muito fazer alguma coisa velho!
Percebi na ultima "crise" que tive o quanto é dificil pra mim mostrar fraqueza e a minha grande habilidade de demonstrar que preciso e sei que isso tem muito a ver com minha ansiedade em relação a isso. AS poucas vezes que mostrei minha real dificuldade não tive a resposta que eu esperava, o que é mais minha culpa do que do outro porque, sempre espero o que eu faria e não deixo a pessoa ser ela mesma. Implorar comigo parece um pedido, e dependendo de com quem eu estou falando parece uma simples sugestão, como posso esperar uma resposta urgente de alguem que ouve um simples pedido ou sugestão? Para que tá feio!
Implorar é humilhante? porque mesmo? è tão diferente de pedir? É mais dificil que sugerir porque você esta precisando, ou porque esta implicito na humilhação?