O medo é uma reação que interrompe subitamente o processo de racionalização. Tal reação liberada pelo cérebro em momentos de perigo se inicia quando ocorre algum estímulo externo que gera estresse. A sensação do estresse faz o hipotálamo, área cerebral, liberar adrenalina e a noradrenalina no sangue, além dos outros trinta hormônios liberados pelo córtex adrenal que são necessários para preparar o organismo diante de uma ameaça.
O medo pode ocorrer em diversas situações sendo que depende de cada pessoa para se manifestar, pois existem diferentes medos como de dirigir, de falar em público, de ficar sozinho, do escuro, de expressar sentimentos, de animais e tantos outros. Partindo da diversidade em que o medo se manifesta deve-se sempre atentar para o medo excessivo já que pode desencadear fobias. Essa se manifesta quando o medo passa a limitar as atividades rotineiras e passa a apresentar sintomas específicos de transtornos originados a partir do medo mal administrado. Quando o medo passa a se tornar excessivo é importante procurar ajuda psicológica para que esse não se torne uma fobia e prejudique os afazeres diários. Através da terapia cognitivo comportamental pode-se tratar o medo, controlar seus sintomas e sinais e corrigir as disfunções provocadas.
Por Gabriela Cabral
Se não tivéssemos medo, não teríamos nenhum receio de carros em alta velocidade, de animais venenosos e de doenças contagiosas. Tanto nos seres humanos como nos animais, o medo tem por objetivo promover a sobrevivência. Com o decorrer do tempo, as pessoas que sentiram medo, tiveram mais pressão evolutiva favorável.
O circuito da reação de medo pode ter sido afinado pela evolução, mas também há um outro aspecto do medo: condicionamento. O condicionamento é o motivo pelo qual algumas pessoas temem cachorros, ao passo que outras os consideram praticamente um membro da família.
O temor que uma pessoa sente de cachorros provavelmente se deve a uma resposta condicionada. Quem sabe se essa pessoa não foi mordida por um cachorro quando tinha três anos de idade e, muitos anos depois, o cérebro dela (a amígdala, em especial) ainda associa a visão de um cachorro com a dor da mordida?
No entanto, embora possa haver medos universais, também há medos específicos de certos indivíduos, comunidades, regiões ou mesmo culturas. Alguém que cresceu na cidade grande provavelmente tem um medo mais intenso de ser roubado do que alguém que passou a maior parte de sua vida na fazenda. Pessoas que vivem no Sul da Flórida podem ter um medo maior de furacões do que pessoas que vivem no Kansas. Por outro lado, as pessoas que vivem no Kansas podem ter um medo mais profundo de tornados do que as pessoas que vivem em Vermont. As coisas de que temos medo dizem muito sobre as experiências que já tivemos. Por exemplo, existe uma fobia chamada de taijin kyofusho, que é considerada pela comunidade psiquiátrica (de acordo com o DSM-IV manual de estatistica e diagnosticos de doenças mentais - em inglês) como uma "fobia culturalmente específica do Japão". Para você não ficar curioso, ela é o "medo de ofender outras pessoas por um excesso de modéstia ou de respeito", uma fobia específica, cuja criação se deve aos complexos rituais sociais que permeiam a vida dos japoneses.
Extinguir um medo é tambem foco das pesquisas e demonstra resultados diferentes dependendo da origem do medo. A extinção do medo envolve a criação de uma resposta condicionada que contrapõe a reação condicionada àquele medo. Embora os estudos indiquem a amígdala como a localização das memórias de medo formadas por condicionamento, os cientistas teorizam que as memórias de extinção do medo também se formam na amígdala, mas são posteriormente transferidas para o córtex pré-frontal medial (mPFC), no qual são armazenadas. A nova memória criada pela extinção do medo se estabelece no córtex pré-frontal medial e tenta cancelar a memória de medo iniciada na amígdala. Os cientistas aprenderam que a inibição de uma proteína chamada de NMDA (N-metil D-asparato) presente na amígdala inibe a extinção do medo. Usando a lógica, então, imaginaram que o estímulo da proteína poderia estimular a extinção do medo. E estudos mostram que o antibiótico D-cicloserina (bem conhecido por sua utilização no tratamento da tuberculose) pode ajudar na extinção do medo ao auxiliar a ação da NMDA [ref - em inglês]. Esse tipo de abordagem poderia ser benéfica quando associada com terapias comportamentais que tentem criar memórias de extinção do medo.
"Quando alguém diz que não consegue, que vai desistir porque sabe que não irá conseguir, geralmente são pessoas que estão com a auto-estima muito baixa e que se amam muito pouco ou não se sentem capazes de cuidar de si mesmas. Querem fórmulas mágicas, resultados imediatos. Querem o impossível, pois assim fica mais fácil justificarem para si mesmas que irão desistir por medo.Procure descobrir o que o medo simboliza para você, o que ele representa, pois, quanto mais o negamos, mais poderoso ele se torna. Explore seu medo, descubra o que está por trás dele. Se tiver dificuldade para fazer isso, busque ajuda profissional. A pessoa mais prejudicada nesse processo todo é você mesma. Por isso, arregace as mangas e trabalhe contra tudo isso, sem pensar em desistir. Afinal, ou o medo controla você ou você o controla. "
Rosemeire ZagoPsicóloga
O MEDO INIBE A DOR
As razões pelas quais sentimos dor assemelham-se muito as razões porque sentimos medo. Do ponto de vista filogenético as reações de medo talvez evoluíram como um refinamento de reações mais primitivas de dor. Neste aspecto, a capacidade de sentir dor é tão importante quanto a capacidade de sentir medo: motivar respostas de defesa diante de estímulos que ameçam nossa integridade física. Pessoas que de alguma maneira tornaram-se insensíveis à dor acidentam-se facilmente com cortes ou queimaduras de tecido, ou até mesmo lesões ósseas, simplesmente porque não reagem prontamente aos estímulos nociceptivos.
As informações neurais de dor originam-se em receptores ou terminações nervosas espalhadas na pele, músculos e órgãos internos do corpo. Esses receptores transformam os estímulos nociceptivos (táteis, mecânicos ou térmicos) em impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro (para maiores detalhes, ver Ciência Hoje, novembro-dezembro, 1985). Conforme já mencionado, sinais associados a estímulos nociceptivos são especialmente eficazes em sua capacidade de evocar medo. Importante notar, contudo, que o estímulo doloroso, por si só, não causa qualquer reação de medo. O medo tem origem graças a rápida associação do estímulo doloroso com estímulos ambientais que estavam presentes durante a apresentação do estímulo doloroso. Essa idéia tem sido testada em nosso laboratório através do procedimento de choque imediato. Neste procedimento, um animal recebe um pequeno choque elétrico imediatamente após ter sido colocado em uma caixa experimental. O animal reage prontamente a este estímulo nociceptivo, correndo, pulando e vocalizando. No entanto, após o choque, o animal não apresenta qualquer reação de medo ao contexto ambiental. Por outro lado, se o choque elétrico for apresentado algum tempo depois do animal ter explorado a caixa experimental, não apenas as reações de dor ao choque estão presentes, como também o animal apresenta reações de medo ao contexto ambiental tão logo o choque desapararece. Esses resultados indicam que a reação de medo que se segue a apresentação de um estímulo nociceptivo é produzida pelos estímulos ambientais que estavam presentes antes da apresentação do choque.
Mas as interações entre o medo e a dor não param por aí. Diversas evidências demonstram que o medo suprime momentaneamente a dor. Essa forma de analgesia temporária vem sendo amplamente investigada pelos neurocientistas do comportamento. Em um experimento laboratorial típico para essa demonstração, grupos de ratos são submetidos a algum estímulo nociceptivo moderado, por exemplo o contato de um pequeno faixo de luz concentrada que aquece gradativamente a cauda do animais. Quando esta estimulação atinge o limiar individual de cada rato para a dor, o animal apresenta prontamente um reflexo de retirada da cauda. Registra-se então o tempo que o animal levou para apresentar tal reflexo. Ratos submetidos a esta situação experimental na presença de sinais de perigo inatos ou aprendidos levam um tempo consideravelmente maior para apresentar o reflexo de retirada da cauda. Na verdade, muitos de nós já experimentamos pessoalmente situações semelhantes. Por exemplo, quem nunca se deparou com uma situação de perigo, onde a fuga causou um ferimento que somente foi notado alguns minutos depois? Soldados feridos gravemente em combate relatam que o medo e a vontadade de fugir eram tão grandes que as sensações de dor passaram desapercebidas por alguns instantes.
A impotância biológica da interação entre esses dois sistemas motivacionais sugere que a evolução dotou os mamíferos não apenas de uma capacidade imediata de reação à dor, mas também de sistemas responsávies pela sua inibição. Dentres esses sistemas responsávies pela inibição da dor, destaca-se o sistema motovacional de medo. Vários estudos, inclusive alguns realizados por nosso grupo de pesquisa, apontam para a participação da porção ventral da matéria cinzenta periaquedutal como a principal área de confluência entre esses dois sistemas motivacionais. De fato, estimulações elétricas dessa região cerebral promovem reações de medo bem como uma analgesia suficiente para viabilizar pequenas cirurigias em animais. Os circuitos neurais envolvidos nessa regulação parecem ter o seguinte trajeto: neurônios da porção ventral da matéria cinzenta periquedutal projetam-se no núcleo magno da rafe e seguem até a pontos dorsais da medula espinhal, bloqueando naquele ponto os sinais da dor que chegam ao encéfalo. Embora os neurotransmissores envolvidos nesse mecanismo inibitório ainda não tenham sido totalmente descritos, a serotonina (5-HT), bem como substâncias opiáceas como as endorfinas, encefalinas e dinorfinas, estão entre os principais candidatos.
"Um dos maiores medos é o medo a sua própria luz, seu próprio brilho e magnificência – todos vocês são magníficos e brilhantes em sua própria luz. O que lhes freia de manifestar isto é uma vez mais um medo. Assim que agora, deixem que este medo – que é a consciência das massas – entre em seus corpos. Experimente isto. Agora, uma vez mais deixem que a energia externa penetre na energia interna. Deixem entrar a luz e liberem seus medos. E a respeito do medo do definitivo sonho humano, o medo ao amor, o medo de experimentar uma relação de amor verdadeiro? Qual o medo de se fundir verdadeiramente com uma pessoa do sexo oposto e criar uma relação de sua própria escolha? Isto não existe se vocês permitem que o medo penetre em seu corpo e permita que surja e que se vá.Queridos, este medo começou há muito, muito tempo atrás, inclusive antes que fossem uma centelha no olho do Divino. É antigo e cada um tem. Assim que, uma vez mais, deixem que estes medos se diluam e que fluam como um mar, e estejam conscientes de que o que estão deixando ir não é de uns milhões, mas bilhões de anos de idade. Medo. Não há razão alguma para seguir carregando por mais tempo. O medo não cria uma realidade mas, muito mais importante, o que você teme você cria.O medo inclusive pode ser encontrado em suas células e em seu DNA. Simplesmente tomem um pouco de tempo para observar seu DNA – esta hélice milagrosa que é o centro de seu corpo – e liberem. Este é o medo de sua mãe e pai, seus avós, bisavós e todos seus ancestrais. E agora, esta noite, vamos ancorar esta realidade livre de medos aqui na Cidade do Cabo. Deixem que a energia livre de medos flua através de seu corpo e chakra coronário e através das plantas de seus pés e em seguida ancorem isto firmemente no coração da Mãe Terra." Kryon
Durante a minha criação fui ensinada a enfrentar meus medos, vê-los de forma diminutiva. O medo é mecanismo de defesa que devemos ter, porem ele não pode ter a gente, ou seja, devemos conhecer nossos medos e porque eles existem, para podermos governa-los e não deixar que eles governem a gente. Portanto passei a infancia aprendendo a encarar meus medos para poder usa-los a meu favor. O unico medo que permaneceu foi o mais dificil de vencer, o medo de crescer. Ele existe pela minha grande expectativa de ser alguem, de fazer tudo que pensei ser possivel e realidade se mostrar muito mais complexa do que eu imaginava. Tenho medo porque não acredito no meu potencial, não me dou o valor que deveria. Meu medo existe porque esqueceram de me ensinar a não me deixar influenciar pela sociedade e pela midia, perceber que a realidade é diferente da imagem que temos do mundo. Não me foi dito que teria que enfrentar as minhas espectativas e as dos que me rodeiam, que eu teria que aprender a adaptar meus sonhos e analisar minhas vontades.
Esqueceram de me dizer que, alem de mim, muitas outros iriam ter sonhos sobre a minha vida, vontades sobre o que eu devo fazer e necessidade de me ver bem, na ideia que cada um tem de bem. Então todas essas realidades esquecidas foram se juntando e se transforam no medo de crescer, aquele que me diz que assim que eu me tornasse "adulta" teria que realizar os sonhos e vontades de todos, inclusive a minha e superar as espectativas de todos tambem. Diante do grande montante de espectativas, sonhos e vontades perdi minhas proprias. Confundi o que eu queria com tudo aquilo que vinha de fora, porque ninguem me disse que eu teria que diferenciar e que depende só de mim ser feliz, e que infelizmente, não dá pra viver tentando realizar os sonhos dos outros.
Esse meu medo me mostrou que ficando parado só prejudico a mim mesma, e infelizmente sou a unica responsavel pela minha felicidade, mas as vezes, buscando-a trago desapontamento, tristeza e raiva para alguns, que equivocadamente, colocaram a felicidade deles nas minhas mãos. Tenho que aprender que para vencer esse medo tenho que me desprender do outro e entender que não tem como agradar todos e não posso me responsabilizar pelo felicidade do proximo, minha unica preocupação deve ser a honestidade e clareza nos meus atos. Devo fazer com amor e cuidado, mas meu foco tem que ser em mim, porque só eu posso saber o que EU preciso.
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