domingo, 11 de dezembro de 2011

compromisso

compromisso = com promessa Algo que surge de uma promessa feita. E quem define meus compromissos? Sou sempre eu que decido as promessas que faço? Isso se esquecermos quando um compromisso esta atrelado a outro. Quem fez a segunda promessa? Tem uma expressão em inglês que diz assim: "this wasn't in the job description" , ou seja, isso não estava na descrição do emprego. Como quem diz, esta parte não foi acordada no inicio, exatamente para falar dessas pequenas obrigações, compromissos, e promessas que ficam implicitas quando decidimos algumas coisas. Quando decidi dar aula acabei concordando tambem com fazer planejamento de aulas, participar de reuniões e dos eventos da escola, mas profissionalmente esse tipo de compromisso esta provavelmente muito claro quando nos comprometemos de incio.É sempre assim? todos os compromissos que assumimos são bem definidos de inicio? Quando a gente aceita um namoro nunca sabemos quais os compromissos que estamos assumindo, mas a motivação é tão forte que, apesar de ser o compromisso mais cego feito pelo homem, é tambem o mais certo. Seja qual for a experiencia tida num relacionamento, sempre te fará mais forte para o proximo. Ai que surge a grande questão. Ser mais forte é sempre bom? Minha força de preservação é tão grande que acabo me mostrando completamente diferente, ao se tratar de afetividade. Afinal, para mim, a grande franqueza que nunca devemos mostrar é ser vulneravel, mas não somos todos?

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Televisão

Hoje em dia todos ficamos bastante tempo em frente a televisão. Certa vez assisti um episódio dos simpsons em que a televisão deles quebra e homer fica muito preocupado em quem iria educar os filhos dele agora que a televisão estava quebrada. Ri muito diante do desespero deste pai que não se achava responsável pelo educação dos próprios filhos e acreditava ser a televisão uma grande fonte de cultura, moral e didática, inclusive ele se preocupava com a própria relação com o aparelho, como ele viveria sem aquilo para dizer-lhe o que é certo ou errado, o que comprar, i que fazer. Lembro que desde a adolescência, que é quando tive a liberdade de escolher os canais que assistiria, fazia variasse untas aos meus paisinstigadas por programas como malhação, mulheres de areia e depois que ganhei a sky, perguntas relacionadas a morte, crimes, provocados CSI e Without a trace. Minha curiosidade era sempre voltada para a veracidade daquelas informações, do tipo: mãe, se alguém me seqüestrasse você iria buscar o culpado sozinha ou deixaria tudo por conta da policia? Pai, se alguém me matasse você iria matar o culpado? Pai, se alguém tentasse estuprar eu e minha mãe na sua frente você acha que teria forcas e habilidade de se soltar para nos salvar? Perguntas que tentavam trazer pra minha realidade aquelas situações tão reais, porém completamente fora da minha realidade. Incrível é que situações que podem fazer parte da minha realidade só fui conhecer depois de adulta, crimes que acontecem no meu contexto cultural só aprendi muito depois, porque nossas novelas só falavam de romances, traição, comedia. Nossa televisão sempre foi sensacionalista ao mostrar os problemas sociais e se tornava um programa que ninguém que estudava e tinha o mínimo de conceito critico iria assistir. Apesar de ser absurdo, apelativo, baixo nível, era o mais próximo de minha realidade na televisão. Agora me pergunto, como essa televisão iria me preparar para a vida? Quando fiz direito percebi que alguns colegas eram muito extremistas, revoltados, e percebi que eles conheciam muito bem aqueles programas que eu nunca assisti sobre a realidade prisional do meu pais, sobre os problemas sociais, criminais, sobre como vive a outra parte da sociedade que vivo. Esse programas, por serem sensacionalistas, transformaram esses meus colegas em pessoas revoltadas e tratarem o direito como a mão da vingança e não da justiça. Falas como: estrupador tem que morrer; pena de morte devia existir no Brasil; ACM que estava certo porque ele tirava os ladrões da rua e mandava matar traficante. Isso é o que acontece com pessoas que vivem cientes da realidade da nossa sociedade. E eu? Sou alheia? Sou utópica? Sou inoscente? Imagino que a calma, o perdão, a consciência sao virtudes. Perceber que, apesar de eu ter mais acesso a educação, estar mais inserida na cultura e "saber" mais que o outro, não posso decidir como ele vive, o que ele deve fazer da vida dele. Como pessoa social o máximo que posso fazer é mostrar para ele as consequências dos atos dele, independente dele viver sobre outras regras e ter outras consequências para os atos que eu chamaria de "legalmente aceitos","obrigação social" e "direito do outro". A educação esta se tornando a mistura do que é visto na televisão com o que é ouvido em casa, na escola e nos meios sociais, sendo que o menor stimulo sao os pais, percentualmente, os indivíduos passam mais tempo longe dos pais. Acho que o que pode ser feito é, no pouco tempo que os pais tem, eles devem moldar os outros estímulos para que não hajam equívocos. Interpretação, para que meu filho não assista um programa e acredite no que o coleguinha diz sobre aquilo. Estar ciente do que acontece na vida de meu filho é uma forma de educa-ló, mesmo que eu não esteja presente todo o tempo, mas sim dando minha opinião sobre tudo que ele faz, e aos poucos estimulando que ele tenha sua própria opinião mais forte do que a minha. Criar um indivíduo independente, pensante e ativo.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Isso é viver?

Quando eu era adolescente(se é que não sou mais) eu tinha medo de muita coisa, e recentemente eu descobri que todos aqueles medos se resumem no medo de fracasso, não conseguir fazer o que eu digo que sou capaz de fazer. Não sentir o que acho que devo sentir. E isso aconteceu muito comigo. Eu acreditava que deveria ter consideração com meus amigos e entender os problemas deles, mas nem sempre eu entendia, nem sempre eu considerava aquilo um problema e tinha raiva de mim e do outro porque aquilo pra mim não seria um problema. Viva a maturidade! Cada pessoa é de um jeito e sente de formas diferentes, isso não quer dizer que tudo deve ser tratado como dor, até porque tem momentos da vida de todos nós que a dor atrapalha e o que a gente precisa é de alguém que tire nosso foco dessa dor.
Hoje acredito que não posso simplesmente decidir como ajudar um amigo, e sim entender, perguntar, o que ele precisa porque ninguém sabe mais dos sentimentos dele do que ele próprio. O que me faz feliz só eu sei. Sofri a vida toda por não me olhar. Todas as vezes que me apaixonei minhas amigas percebiam antes de mim. Me diziam: nanda você esta afim de fulaninho. E eu pensava: não, imagina...será? E descobria que estava mesmo. Esse não contato com meus próprio sentimentos foi um padrão na minha vida até pouco tempo. O incrível é que o contato não é tão doloroso quanto eu pensava. Saber pode ser melhor do que ignorar.
Estando em contato com Neusa sentimentos eu percebi que eu entendo eles melhor do que todos. Ninguém sabe mais do que eu. Portanto ao ajudar meus amigos eu preciso ouvir o que eles sentem, o que eles querem e acreditar naquilo, não que eu esteja dizendo que as pessoas não entrem em negação, porque isso é muito comum, mas sim que só podemos ajudar depois de ouvir o que aquela pessoa acredita estar sentindo. Quando eu discordo não posso impor minha opinião, mas posso sugerir outra forma de olhar aquela situação.
CHEGA DE MICROSCOPIO. AGORA QUERO MOVIMENTO NO MEU OLHAR DE TUDO E TODOS!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

o vazio da minha mente


A tempos não escrevo. hoje olhando o blog de um amigo pensei comigo mesma. a tempos não escrevo. que vazio tomou conta de minha mente para ficar tanto tempo assim sem nada interessante o suficiente para ser escrito?
A tempos não escrevo. e até agora percebo o grande nada que existe no meu pensar. as engrenagens funcionando pela inercia do viver, e as duvidas caindo no vácuo do vazio instalado. todo esse tempo se passou e nem falta eu sentia, nada parecia estar fora do lugar. MENTIRA. a verdade é que essas engrenagens não são feitas para pensar, mas sim para viver, ser feliz, deixar passar.
A tempos que eu não escrevo. VIVA! a tempos que não escrevo. sem motivos para reclamar, sem angustias para compartilhar. minha mente se tornou inercia de felicidade. espaço para esquecer, quem sabe perdoar. momento para respirar a vontade de viver. afinal de contas nunca soube escrever mesmo!